O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, é contra o atual projeto para a construção de um novo pier no porto da cidade. Apresentada como uma das soluções para a falta de leitos em hotéis para a Olimpíada de 2016, a obra prejudicará a paisagem da zona portuária carioca, segundo Paes. Por isso, ele defende que seu projeto seja alterado.

"Não sou contra a construção do píer, mas sou contra a posição que o píer está", afirmou Paes, em entrevista coletiva nesta terça-feira. "O píer deveria estar mais distante."

A construção de um novo píer no porto do Rio pode aumentar em até 10 mil a quantidade de leitos disponíveis para turistas na cidade-sede da Olimpíada de 2016. Com a obra, mais transatlânticos poderiam atracar no Rio e servir de hotel para os que visitarão à cidade durante os Jogos.

Para receber a Olimpíada, o Rio de Janeiro se comprometeu em ampliar cerca de 50% o número de leitos na hotelaria da cidade. Parte desse aumento, seria viabilizada justamente pela construção do píer, que agora está sendo contestada pelo prefeito Paes.

Paes acha que o píer criará um problema estético para a zona portuária do Rio de Janeiro. O local está passando por um processo de revitalização. Com vários navios atracados ali, museus e prédios históricos que ficam perto do porto teriam sua vista prejudicada.

"Na parte mais agradável do ano, justamente no verão, você terá aqueles navios estacionados ali atrapalhando a vista", afirmou o prefeito.

Ele, no entanto, admitiu que qualquer mudança no projeto do píer teria impacto nos planos de aumentar a capacidade hoteleira do Rio. Não respondeu, porém, como isso seria compensado.

A obra do novo píer é uma responsabilidade do governo federal. Ela já foi licitada e custará cerca de R$ 250 milhões. No entanto, o contrato ainda não foi assinado e a construção ainda não começou.

Inicialmente, o novo píer deveria estar pronto para a Copa do Mundo de 2014. Devido a atrasos na licitação, o planejamento mudou e a obra só estará 100% concluída para a Rio 2016.