Neymar ironiza bronca de venezuelano: 'falou um monte de coisa, mas não entendo'

Carlos Padeiro*

Em La Plata (Argentina)

  • Marcelo Sayao/EFE

    Técnico venezuelano Cesar Farías (foto) criticou Neymar no intervalo de jogo

    Técnico venezuelano Cesar Farías (foto) criticou Neymar no intervalo de jogo

O técnico da Venezuela, César Farias, foi o pivô de uma confusão generalizada no intervalo da partida contra o Brasil. Ele foi tirar satisfações com Neymar porque o atacante não jogou a bola para fora em lance aos 45min do primeiro tempo, quando Fedor estava caído no gramado pedindo atendimento. O brasileiro seguiu com o lance e quase abriu o placar da partida.

Após o jogo, Neymar tratou com bom humor a atitude raivosa do técnico venezuelano, dizendo não ter traduzido as broncas. "Eu estava de costas. Aí ele veio falar um monte de coisa, mas não entendo o que ele fala. O Mano [Menezes] entende. Aí houve a discussão", comentou Neymar.

O diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, explicou que a atitude do venezuelano ocasionou um 'empurra-empurra' entre integrantes das duas seleções. "Todo mundo saiu empurrando porque eles vieram de forma agressiva para cima da gente. O vestiário deles é do lado direito, o que ele estava fazendo do lado esquerdo?"

Já o treinador adversário chegou a falar em agressão, porém negou que tenha partido de Neymar. "Os que me agrediram vieram de trás, então não pude ver. Quem viu pode falar, eu estava de costas", contou, após o empate sem gols.

Logo após o lance, foi o meia Paulo Henrique Ganso o alvo dos protestos dos jogadores venezuelanos. O camisa 10 foi cercado por ter dado o passe para Neymar complementar a jogada e não ter praticado o chamado 'fair play'.

Mano Menezes criticou a conduta do técnico da Venezuela. Afirmou que Farías não tinha o direito de reclamar com o atacante. "Ele se sentiu no direito de dar um dura no Neymar, e a gente vai aprendendo até nisso. Tive de fazer força para tirar o Neymar do bolo. A gente pode chamar a atenção do Neymar. O técnico da Venezuela, não."

"Eu só fui fazer uma reclamação. Não me parecia justo o Brasil tentar fazer um gol daquela maneira, quando um jogador nosso estava caído no chão. A seleção brasileira tem categoria para marcar de outra maneira.  Existem códigos que devem ser seguidos", justificou Farías.

*Atualizada às 20h

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