Mundial de Clubes

• Classificação e jogos

O Corinthians fugiu do trânsito e chegou do aeroporto à concentração da festa em apenas meia hora na manhã deste terça-feira. Para tanto, contou com um enorme apoio da polícia e dos órgãos de trânsito. Com batedores, passou por grandes vias interditadas e adotou um caminho alternativo para atingir a av. Tiradentes. No batalhão da Rota, o grupo recebeu uma placa comemorativa do prefeito Gilberto Kassab e logo se dirigiu ao trio elétrico, regado de cerveja, iniciando a carreata que movimenta a zona norte de São Paulo. 

"A emoção é demais. Ver essa emoção do torcedor corintiano não tem preço. É maravilhoso proporcionar alegria para tanta gente. Estávamos com saudade [da torcida]", resumiu Fabio Santos, em entrevista à Rede Globo ao lado de Thiaguinho, cantor que vai animar a carreata com o trio elétrico.

Nem a chuva que começou a cair no meio do trajeto ou o cansaço atrapalharam. "Pode chover até canivete que a gente fica aqui", disse Ralf. "Não existe cansaço com um negócio desses aqui", emendou Danilo.

"No avião a gente falou de ficar uma hora e pouco e depois ir pra casa curtir as famílias. Mas aí, seria injusto né? Teve gente que veio de muito longe, eles merecem", disse Emerson, explicando a estratégia frustrada do elenco. 

A saga da delegação começou bem mais cedo. O avião com os jogadores pousou em Cumbica às 7h. Na área interna, todos os procedimentos de chegada foram feitos em menos de uma hora e o ônibus fechado, com Alessandro levando a taça ao lado do motorista, cruzou o portão do aeroporto às 8h03. 

Daí em diante, o comboio pegou a rodovia Dutra, parcialmente fechada para a passagem alvinegra. A visão dos helicópteros das emissoras de televisão permitia ver que motoqueiros e carros que acompanhavam tudo da pista ao lado faziam questão de reduzir para acenar aos campeões, festejados em todo o caminho. 

Na chegada a São Paulo, mais uma vez caminho livre. A marginal Tietê ficou livre para a passagem dos corintianos, que ainda fizeram um caminho alternativo, pela avenida do Estado, para chegar ao batalhão da Rota, onde ficaram sob assédio dos policiais até a ida ao trio elétrico.

O mistério sobre o trajeto exato e a mudança de planos do clube também ajudou para que tudo fosse ágil. A princípio, o time seria deslocado do aeroporto até a Prefeitura de São Paulo. Nesta manhã, após o desembarque da equipe, as autoridades decidiram cancelar a visita ao prefeito Gilberto Kassab, que foi até os jogadores para prestar sua homenagem.

Enquanto do lado de fora do batalhão da Rota o público começava a se aglomerar, o Corinthians preparou o trio elétrico. O veículo foi abastecido com gelo, sanduíches e bebidas para a delegação alvinegra, que subiu no carro pouco depois do "mestre de cerimônias" Thiaguinho. 

Tudo devidamente registrado. Nada menos que oito helicópteros acompanharam toda a movimentação, a maior parte deles a serviços das emissoras de TV, que transmitiram tudo ao vivo, inclusive a subida dos jogadores, que logo que chegaram à parte superior do trio já atacaram as latinhas de cerveja enquanto o público só aumentava. 

Em poucos minutos, o trio começou a se deslocar de forma bem lenta, com direito a um cordão de isolamento feito pela Polícia Militar. O trio saiu da avenida Tiradentes até a praça Heróis da FEB. Inicialmente, o fim da carreata seria no CT Joaquim Grava, mas o Corinthians informou em nota oficial que esta etapa final foi cancelada. 

No meio do trajeto, Thiaguinho dividiu o microfone com diversos jogadores e com outras atrações musicais como o também cantor Rappin Hood.