Ônibus do Corinthians é recebido com chuva de pedras no Morumbi

Danilo Lavieri e Maurício Duarte

Do UOL, em São Paulo

  • Maurício Duarte/UOL

    03.07.2013 - Ônibus do Corinthians é recebido com chuva de pedras no Morumbi

    03.07.2013 - Ônibus do Corinthians é recebido com chuva de pedras no Morumbi

O ônibus do Corinthians foi recebido sob uma verdadeira chuva de pedras na entrada do Estádio do Morumbi, onde o time vai enfrentar o São Paulo pela primeira partida da final da Recopa Sul-Americana na noite desta quarta-feira.

Assim como aconteceu em outros jogos, como contra os dois diante do Atlético-MG pela Libertadores, por exemplo, o ônibus do time rival chegou logo atrás do dos donos da casa. A diferença é que, assim que o veículo são-paulino adentrou o estádio, as pedras, garrafas e latas foram arremesadas, causando a imediata reação da polícia.

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Em cima dos cavalos, os PMs partiram na direção dos cerca de 2 mil torcedores que estavam no portão principal do estádio, o que fez com que o arremesso fosse interrompido.

Vale destacar que, durante a semana, o atacante corintiano Paolo Guerrero provocou os são-paulinos. Segundo ele, a recepção tricolor nos jogos no Morumbi, com chuva de pedras, latas e garrafas, dava ainda mais raiva nos corintianos, o que fazia com que eles se sentissem melhor dentro de campo.

O motorista do ônibus alvinegro estava bastante nervoso com a situação. Disse que já está acostumado com esse tipo de atitude, mas que desta vez houve um certo exagero. Ele fez questão de mostrar à reportagem todas as marcas das pedradas na lataria do veículo e os arranhões nos vidros pretos.

Mario Gobbi, presidente do Corinthians, foi duro na hora de comentar o assunto. "Foi a mesma reação de sempre, é muito triste que aconteça isso no futebol. Os dirigentes todos são contra isso. Voltamos a falar de segurança pública e violência. Isso que nós vimos aqui é o efeito da violência. O que nós temos que cuidar é das causas geradoras da criminalidade, isso ninguém quer falar, cuidar. Vai todo mundo atrás de PEC e acha que ela é a solução de todos os problemas. Vejo um país sem rumo... Não é comprando 100 mil viaturas, 300 mil homens que se faz segurança, é com educação, saúde. Se constrói obras monstruosas e não tem dinheiro para serviços públicos, para escolas. Isso aqui é falar da ponta de um iceberg", disse.

Do outro lado, João Paulo de Jesus Lopes, vice de futebol do São Paulo, lamentou o ocorrido na chegada dos corintianos, mas isentou o time do Morumbi de culpa. "Lamento muito, me solidarizo ao Mario Gobbi, mas é algo que tem ocorrido em outras praças. O plano de pré-jogo é feito pelas várias autoridades – PM, polícia civil, CET. Essas questões todas independem do São Paulo. Vamos avaliar se há alguma maneira para que a gente possa contribuir de alguma forma", afirmou o são-paulino.

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