Presidente do Corinthians dedica título da Recopa a torcedores presos na Bolívia

Do UOL, em São Paulo

  • Danilo Verpa/Folhapress

    Mário Gobbi, presidente do Corinthians, dedicou o título aos presos em Oruro

    Mário Gobbi, presidente do Corinthians, dedicou o título aos presos em Oruro

O presidente do Corinthians, Mario Gobbi, dedicou o título da Recopa aos corintianos que seguem preso em Oruro, acusados da morte do garoto Kevin Espada no duelo entre o time paulista e o San Jose, no começo do ano, e a Andres Sanchez, ex-presidente da equipe.

"Estamos em êxtase. A família corintiana está feliz. Dedico este título aos cinco remanescentes em Oruro, que estão lá injustamente e ao meu amigo Andrés, que passou por uma cirurgia. Começamos tudo isso aqui juntos", falou o presidente lembrando de seu antecessor.

A declaração de Gobbi foi dada após a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o São Paulo no Pacaembu. A equipe já havia vencido na partida de ida no Morumbi, por 2 a 1. O dirigente também aproveitou para ressaltar que é preciso saber ganhar e perder no futebol.

"No futebol, quem erra menos leva. Ficamos felizes por causa disso. Nem sempre sem ganha, tem que saber ganhar. Tem que saber perder. A vida é feita de vitórias e derrotas", disse o dirigente.

De acordo com o dirigente, a sequência de títulos do Corinthians é um trabalho que começou há seis anos. Mas, mesmo com a conquista, o presidente alertou que a equipe precisa se preparar para os próximos campeonatos da temporada.

"É um trabalho que começou em dezembro de 2007. O futebol se trabalha. Todos esses títulos eu dedico com quem estava no Corinthians e começou isso em 2007. Este grupo não tem mais nada a provar para ninguém. Amanhã já temos que trabalhar porque vão cobrar o título da Copa do Brasil e do Brasileiro", finalizou.

Os corintianos citados por Gobbi seguem presos em Oruro desde o dia 20 de fevereiro. Eles são acusados da participação na morte do garoto Kevin Espada.

Inicialmente, o grupo contava com 12 torcedores presos. No entanto, esse número foi reduzido para cinco após setes conseguirem a liberação na Justiça.
 

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