Ministério do Esporte assinou novo contrato com ONG de PM após constatar irregularidades, diz jornal

Do UOL Esporte

Em São Paulo

Nem depois de reconhecer a constatação de "irregularidades graves" em um convênio com a ONG do policial militar João Dias Ferreira, pivô das recentes acusações de corrupção contra o Ministério do Esporte, a pasta de Orlando Silva Júnior desistiu de fazer um novo contrato com a instituição. É o que aponta o jornal O Estado de S. Paulo em matéria publicada nesta quarta-feira.

Segundo a reportagem, a assinatura do novo contrato se deu pouco mais de seis meses após o Ministério do Esporte concluir que foram feitos desvios no convênio anteriormente firmado com a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak), então comandada por Dias Ferreira.

O policial militar foi quem denunciou à revista Veja um esquema de propina que envolvia o programa Segundo Tempo. Dias Ferreira chega a afirmar que Silva Júnior teria recebido dinheiro desviado do programa na garagem do ministério, este entregue por um funcionário do PM. Além disso, a quantia destinada a atividades esportivas para 15 mil crianças e jovens teria sido quase inteiramente desviada.

Os desvios provocaram a prisão de Dias Ferreira em abril de 2010. Segundo o Ministério Público Federal, o montante desviado chega a R$ 4 milhões. À época da assinatura do primeiro convênio, o PM era candidato a deputado distrital pelo PC do B, partido de Silva Júnior e também do então Ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, atualmente no PT.

Ainda de acordo com a matéria do jornal, as propriedades de Dias Ferreira mostram sinais de seu enriquecimento. Na garagem da residência do PM em Sobradinho (DF), há cinco carros de luxo, entre eles uma BMW conversível, um Camaro 2011 e um Volvo C30, que, juntos, valem cerca de R$ 700 mil.

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