Torcedor que se demitiu para ver o Corinthians se perde no Japão e vê grana acabando
Bruno Thadeu
Do UOL, em Nagoya (Japão)
O serralheiro João Paulo Ribeiro largou tudo para ver o Corinthians no Japão. Ele se demitiu do emprego, levantou uma grana e avisou aos filhos que os presentes de Natal serão bem baratinhos. O torcedor agora tem enfrentado alguns perrengues no Oriente. Presente no treino do time em Kariya nesta sexta-feira, ele diz que já se perdeu várias vezes e que a verba da viagem está próxima do fim.
TIME SAI ÀS COMPRAS E NÃO PERCEBE ABALO CAUSADO POR TERREMOTO
Hospedado na casa de um amigo em Tóquio, João Paulo leva diariamente pelo menos 3h para chegar ao local de treino do Corinthians. No primeiro dia, ele se perdeu por pelo menos 1h.
"A gente vai se perdendo, mas vai se achando. Pelo Corinthians a gente aprende a falar até japonês", sorriu João Paulo, na entrada do Wave Stadium Kariya, onde o time paulista realizará suas atividades para a estreia no Mundial de Clubes.
Para conseguir seguir ao Japão, João Paulo fez algumas economias: vendeu pingentes e fez rifas com uniforme do Corinthians. Ele também vendeu adesivos e ganhou patrocínios de comerciantes da Zona Leste. Os ingressos dos jogos foram obtidos por João com uma torcida uniformizada.
João ainda terá mais 10 dias de Japão. Ele não revela quanto levou, mas não se importa de ter de racionar comida.
Caso queira assistir aos três treinos e um jogo do Corinthians em Yokohama, ele terá de desembolsar mais de R$ 700 apenas para viajar de trem bala.
RELEMBRE COMO JOÃO PAULO DECIDIU IR VER O CORINTHIANS
"Eu não pago a casa, que é do meu amigo, e os ingressos eu não precisei comprar. Vai dar certo, sim. Vai Corinthians!".
A decisão de se demitir e reduzir as compras de Natal da família para ver o Corinthians (após entrevista ao UOL Esporte) fez João Paulo virar celebridades em redes sociais e entre torcedores corintianos.
"Dei várias entrevistas depois. Eu li nos comentários das matérias que o pessoal não gostou muito do que eu fiz para ir ao Japão. Um monte de gente falou mal. Minha mulher fala que não era para eu ir. Mas eu avisei para ela que eu ia e depois a gente conversava".
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